Paulo - Arrumando a Casa, "Hoje desaprendo o que tinha aprendido até ontem e que amanhã recomeçarei a aprender.
Todos os dias desfaleço e desfaço-me em cinzas efêmera:
todos os dias reconstruo minhas edificações,
em sonhos eternos." ( Cecília Meireles )
Na minha cidade tem poetas, chegam sem tambores nem trombetas... aparecem quando menos aguardados, entre livros e sapatos, em baús empoeirados. Saem de recônditos lugares, nos ares, e convivem com fantasmas Multicores de cores, Que te pintam as olheiras e te pedem que não chores, Suas ilusões são repartidas, entre mortos e feridas, mas resistem com palavras confundidas, fundidas, Ao seu triste passo lento pelas ruas e avenidas. Não desejam glorias nem medalhas, se contentam com migalhas, de canções e brincadeiras com seus versos dispersos, Obcecados pela busca de tesouros submersos. Fazem quatrocentos mil projetos, que jamais são alcançados, cansados nada disso importa enquanto eles escrevem, escrevem
Escrevem o que sabem que não sabem
E o que dizem que não devem.
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