01 September 2010

Guardanapo de Papel - uma flor

Na minha cidade tem poetas, chegam sem tambores nem trombetas... aparecem quando menos aguardados, entre livros e sapatos, em baús empoeirados. Saem de recônditos lugares, nos ares, e convivem com fantasmas Multicores de cores, Que te pintam as olheiras e te pedem que não chores, Suas ilusões são repartidas, entre mortos e feridas, mas resistem com palavras confundidas, fundidas, Ao seu triste passo lento pelas ruas e avenidas. Não desejam glorias nem medalhas, se contentam com migalhas, de canções e brincadeiras com seus versos dispersos, Obcecados pela busca de tesouros submersos. Fazem quatrocentos mil projetos, que jamais são alcançados, cansados nada disso importa enquanto eles escrevem, escrevem Escrevem o que sabem que não sabem E o que dizem que não devem.

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