14 August 2009

ATOS EXPLÍCITOS...

Discursos, protestos, palavras de ordem. Estudantes fizeram uma manifestação no Senado contra o Presidente José Sarney. A segurança reprimiu. Nove estudantes, inclusive dois menores, foram detidos e levados para a sala da Polícia Legislativa. Só foram liberados na noite desta quinta-feira. Outra confusão, silenciosa, é travada entre PT e PMDB. A oposição quer desarquivar as denúncias contra José Sarney no Conselho de Ética e o PMDB pretende fazer os mesmo com o líder do PSDB, Arthur Virgílio. O PT será o fiel da balança. "Evidente que cada Senador do PT tem que votar conforme as suas convicções. Imagino que isso também vai acontecer nas outras bancadas" afirma o líder do PT, Aloizio Mercadante. Problema não falta no Senado, principalmente depois da descoberta de mais 468 atos secretos. São do período de 1998 a 2000, em que o presidente da casa era Antônio Carlos Magalhães, que morreu em 2007. Nomeações, gratificações, criações de cargos. Até o garçom, José Antônio Paiva, que trabalha há 20 anos no Congresso e está todos os dias no plenário, descobriu nesta quinta-feira que foi admitido por ato secreto. "Eu só presto o meu trabalho, meu serviço é água e café, água e café, não tem mais. Eu me surpreendi". E pelo jeito, surpresa é o que também não falta no Senado. Todos os atos secretos já foram revelados? Haverá mais alguma decisão ou indicação não publicada? Há como garantir que nenhuma gaveta do Senado abrigue novos documentos sigilosos? Quem põe a mão no fogo!!!??? Nem o primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM/PI), responsável pelas investigações. "Não há quem garanta, com o sistema frouxo que era antigamente, não há quem garanta isso". Então podem aparecer novos atos secretos? "Não me surpreenderia se aparecessem. Eu espero que não, torço que não. Vamos tomar medidas para evitar, mas não me surpreenderia". Deus olhai... por nós e principalmente Deus perdoai Paulo Duque ele não sabe o que faz... As quatro acusações contra José Sarney tiveram o mesmo desfecho. "Inadmito a presente denúncia, determinando seu arquivamento por inépcia". No comando do Conselho de Ética, o Senador Paulo Duque (PMDB/RJ) disse que o critério para o arquivamento foi jurídico, uma vez que, segundo ele, as ações apresentadas pelo PSOL e pelo líder do PSDB Arthur Virgílio usaram apenas denúncias da imprensa. "Foram aquelas decisões do Supremo Tribunal Federal que não admite, considera denúncia inepta toda aquela que é baseada em recorte de jornal", disse. A acusação contra Renan Calheiros pela edição de atos secretos também foi arquivada. Os senadores que defendem a investigação reagiram. "Se o senhor, pela linha adotada, não dá oportunidade a este Conselho de fazer investigação. Este conselho aqui é um conselho capenga", afirmou o Senador Renato Casagrande (PSB/ES). Os partidos de oposição vão recorrer até sexta-feira e, insistem em tentar investigar o Presidente do Senado. "O que fez o Senador Paulo Duque foi uma absolvição sumária por conta dele, ele decidiu que não tinha nada que ser investigado e ele não tem essa atribuição ele não pode fazer isso, isso é ilegal e imoral", disse o Senador Demóstenes Torres (DEM/GO). "Estou tranquilão!", disse Paulo Duque. Os recursos contra a decisão de Paulo Duque serão votados pelos 15 integrantes do Conselho de Ética. A oposição que tem cinco votos, precisa ganhar aliados. Para isso conta com os três votos do PT. Eles é que podem definir o futuro da investigação.

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